Variância da vida

Cada vez que aparece um artigo/reportagem sobre poker, vêm logo uns quantos papões associados (vício, ruína, falta de socialização), felizmente de vez em quando aparecem umas notícias mais felizes. Não estou a falar da importância de se ganhar muitos e altos prémios, que também é importante, mas de quando o poker é reconhecido como desporto mental que pretende ser.

Eu entendo que seja necessário falar numa possibilidade viciante do poker assim como deveríamos referi-la em relação ao euromilhões e a outros jogos, ou até mesmo às novelas(cof cof). Continuo a achar mais preocupante/viciante bebida e tabaco, mas devo ser eu que tenho um interesse especial por poker.

Este blábláblá todo para quê? Para relembrar as partes positivas do poker!

Poker esse que desenvolve a mente se estivermos realmente interessados em estudá-lo, que, ao contrário do que é dito, o que vejo é que promove o convívio, (logo não entendo a constante tentativa de associar  problemas de socialização) e que nos dá "estaleca" para lidar com a variância da vida.

Quando estamos mesmo envolvidos no jogo, sabemos que a melhor mão nem sempre ganha e que mais oportunidades virão, a longo prazo as coisas equilibram-se. Ora, sabendo isso, os(as) jogadores(as) de poker são das pessoas mais preparadas para quando a vida nos troca as voltas :P

Apesar de neste país de recibos verdes, ainda haver muita gente que recebia subsídio de Natal, no meio de aumento de impostos, de ivas (já viram a conta de electricidade, tá muito mais bonita agora, não está?) e cortes em tudo o que era deduções, já ninguém se surpreende.

Esta é uma altura excelente para jogar poker, enquanto as casas não se lembrarem de usar a desculpa da crise para aumentar rake e taxas sobre depósitos/levantamentos, só dependemos de nós.

Tentem construir a vossa banca passo a passo, mas sempre sem medo de elevar as vossas fasquias, quem sabe o mês corre tão bem que possam partilhar com quem já não está a fazer contas de como viver, mas como sobreviver.

Nunca desistam, as fases más, em tudo, não duram para sempre.

Nota: Este artigo foi escrito "à antiga"

RIP